quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Doações de Natal

Calma. Se você começou a ler este texto achando que pedirei alguma doação, pode continuar sua leitura, pois não pedirei nada, absolutamente nada. Gostaria apenas de explanar uma coisa que me angustia demais ano após ano.

No condomínio em que moro, estão arrecadando sacolinhas para crianças. Para quem não sabe do que se trata, é assim: escolhe-se uma instituição para receber a doação. Coleta-se o nome, sexo e idade de todas as crianças. Os doadores escolhem uma criança para receber sua doação natalina, que será composta de uma roupa completa (parte de cima, de baixo, calcinha/cueca e meias), um calçado e um brinquedo novo.

Acho a iniciativa bárbara.

Neste mesmo condomínio, arrecada-se brinquedos novos para outra instituição que assiste dez mil crianças. Aqui é mais fácil, basta doar um brinquedo novo e embrulhado, designando a faixa etária e sexo do brinquedo, que será distribuído no Natal.

Na escola dos meus filhos, ajuda-se a duas entidades, uma para crianças, outra para velhinhos. À entidade infantil, coleta-se sacolinhas (como descritas acima). Para a dos velhinhos, ao invés do brinquedo, coloca-se um kit de higiêne, com perfume, desodorante, sabonete, xampu, pente, escova de dente, pasta, enfim, tudo que se achar de higiêne.

Uma grande amiga ajuda uma instituição, e mandou-me um email pedindo para contribuir com as sacolinhas para aquela instituição.

Outra amiga é evangélica, e ajuda a comunidade da sua igreja montando cestas natalinas com peru, chester, panetone e comidas natalinas.

Ainda há o centro espírita no qual minha sogra trabalha, que atende uma enorme comunidade carente em Heliópolis, coletando também sacolinhas completas para as crianças.

Algumas pessoas que frequentam o grupo de pais desta instituição espírita, também fazem arrecadações para outras entidades, e eu recebo vários emails solicitando sacolinhas.

Acho super válido ajudar nossos irmãos necessitados, já que temos a dádiva de ter um teto, termos o que comer em todas as refeições e podermos criar nossos filhos de maneira digna.

Só acho que fica muito cansativo tanta gente pedindo doação de tantos lados. Porque além de tudo, temos pessoas carentes em nossas famílias, as quais temos de ajudar, e sem pedir ajuda pra ninguém.

É muito bonito fazer caridade. Mas será que daria para as pessoas pararem de tentar fazer caridade com a minha "esmola"? Eu vou continuar minhas bondades com os necessitados de acordo com o que posso e com o que quero contribuir. Não estou me negando, em nenhuma hipótese, a ajudar quem precisa. Só estou um pouco esgotada por receber tantos emails com pedidos de ajuda. Alguém me ajuda?

domingo, 13 de novembro de 2011

Quando as bananas comem os macacos

Estava conversando com uma amiga. Ela me contava que seus filhos estavam loucos para ganhar um Nintendo DS. Porém, estava ela e o marido resistindo muito em dar o brinquedo às crianças. Questionei o porquê. Ela me explicou que todas as vezes que iam jantar com os cunhados em algum restaurante, a cunhada tirava da bolsa dois consoles e entregava um na mão de cada filho. Assim, os sobrinhos passavam o tempo todo do jantar jogando, seus filhos olhando, e nenhuma das crianças participavam direito do jantar.

Durante muito tempo mantive firme a resistência com videogames modernos. Até que dois anos atrás, meu marido Bernardo estava na China e acordamos que ele traria um Nintendo Wii. Quando chegou em casa, nossos dois filhos, Hall e Ilha, encantaram-se com o brinquedo. No ano seguinte, as crianças ganharam seus consoles DS.

Como funciona aqui em casa: os pais são os responsáveis pelos filhos. Somos nós quem autorizamos ou não as coisas que as crianças querem fazer. A Ilha é mais velha, mais responsável, mais obediente. Já Hall, seis anos mais novo, adora desafiar. Mesmo assim, conseguimos educar os dois com relação aos games. Só jogam aos finais de semana. Cada um tem direito a uma hora, no máximo duas no sábado e o mesmo no domingo. Neste período, precisam decidir se vão jogar Wii, DS ou brincar no computador. Se foi difícil? Não, pois em casa é tudo combinado e não achamos nada salutar que crianças pequenas se viciem em tecnologia.

Tenho vontade de presenteá-los com um iPad. Condições financeiras para isto, graças a Deus, nós temos. No entanto, seria mais uma coisa para controlar, e acho que ainda não é hora.

Hoje, como na maioria dos domingos, fomos à padaria da esquina tomar nosso café da manhã. Saímos de casa para espairecer, para comermos todos juntos, sentados, mas sem orgias alimentares. Ilha, pré-adolescente, não desiste. Chega na padaria, senta e pergunta se pode comer misto quente. Não. Misto quente não é comida de café da manhã. Pode comer num lanche da noite, em substituição ao jantar, exporadicamente. Comemos nosso pão na chapa e suco de laranja. Voltamos sempre todos felizes para casa.

O mundo vive uma obcessão em busca da saúde, e não mais da magreza. Os níveis de colesterol elevados, o número de pessoas com diabetes cada vez maior e mesmo assim, os pais permissivos deixam seus filhos se lambuzarem nos fast foods da vida. Nossos filhos adoram, mas aos poucos fomos cortando, e hoje, comem estas porcarias no máximo uma vez por mês. Querem comer hamburguer? Vamos fazer todos juntos em casa? Vira um programa de família, todos participam e ganham em saúde.

Hall completou recentemente seis anos. Disse que faríamos um jantar especial no dia do seu aniversário e sabem o que ele quis comer? M.I.O.J.O. Fiquei feliz em saber que a alimentação em casa está tão saudável, a ponto de meu filho quererm Miojo no dia do seu aniversário, uma espécie de prêmio.

Nós somos responsáveis pelos herdeiros do futuro. Temos que preparar estes herdeiros para que façam do mundo um mundo melhor.

A família Vasconcellos está fazendo a sua parte. E a sua família, tamvém faz?

Valentina Vasconcelos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

De agora em diante

A vida é um eterno recomeço. Temos sempre de estarmos prontos, sermos flexíveis, pois a qualquer momento, tudo pode mudar. Mudanças ocorrem a todo tempo, nem sempre quando queremos, nem sempre quando planejamos. O grande segredo da felicidade, contudo, é saber que a vida é sempre "de agora em diante", pois não dá pra mudar o que passou. 

Então, de agora em diante, quero mudar, quero ter mais autonomia sobre mim, mesmo neste anonimato para muitos. Não estou sofrendo de síndrome de super herói, mas preciso preservar minha identidade secreta. 

Se você me entende, se você está de acordo comigo, vamos fazer tudo diferente de agora em diante? Aqui, neste lugar que pode ser um mundo de faz de conta, ou um mundo real, de acordo com o que você decidir!

Seja dono da sua vida, do seu momento e de tudo que vem pela frente!